quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Jovem é executado com cinco tiros no Maracujá

Os números não param de crescer. Os atuais responsáveis pela segurança pública do estado do Rio Grande do Norte, não estão tendo competência o bastante para barrar a violência que assola Santa Cruz, cidade que até pouco tempo não estampava as páginas da crônica policial. A ideia de muitos policiais que a maioria dos casos é de "marginal matando marginal" - para não usar o mesmo termo usado pelos entes de segurança - não é argumento, pois a arma que mata os que enveredam pelo mundo do crime, também é usada para assaltar, roubar e no momento de investida contra um desafeto, o atirador não pode "teleguiar" a bala para que atinja somente o seu alvo. Foi o que ocorreu há pouco dias, no bairro do Paraíso quando uma mulher foi atingida dentro de casa por uma bala perdida.

Os números são verdadeiramente alarmantes. Santa Cruz figura na 16ª cidade onde ocorre maior número de homicídios no estado. Quando se divide o número de habitantes pela quantidade de crimes, a cidade ganha quatro vergonhosas posições, figurando na 12ª, enquanto que Caicó está na posição 33 dessa lista. Isso quando se conta apenas homicídios. Estão fora da estatística as tentativas, assaltos e roubos. Chegamos a um ponto de dizer "ainda bem". Vale ressaltar que os números são até 2010, quando houve 7 homicídios. Imaginamos quando for divulgada a estatística com os números de 2011.

Um novo homicídio foi registrado na noite desta quarta-feira (28). Por volta das 20h20, Tiago Bezerra da Silva, 23 anos, foi executado com cinco tiros na Rua Rita Costa de Andrade, bairro Maracujá, quando dois elementos em uma moto não identificados, dispararam os tiros na cabeça da vítima que morreu instantaneamente. A resposta da Secretaria da Segurança Pública à sociedade de Santa Cruz é que os matadores estavam de capacete e a moto não foi identificada. Então o que falta para chegar aos autores? Inteligência?!

Se essa for a resposta, então é o que está faltando para a Secretaria de Segurança do Estado resolver o problema de Santa Cruz. Relembrando um fato ocorrido: uma viatura da Polícia Rodoviária Federal foi assaltada no acesso à cidade de Japi, na BR 226, quando os dois agentes de segurança federal se aproximaram de um veículo estacionado às margens da BR e foram ver o que estava ocorrendo, momento em que foram surpreendidos pelos marginais que roubaram as armas e ainda fugiram na viatura da PRF que foi abandonada próximo à São José do Campestre. A partir daí, começou a funcionar a inteligência e as armas e os marginais foram localizados no centro da cidade de João Pessoa, capital da Paraíba. E como a PRF descobriu quem era e onde estavam? Teremos que perguntar à inteligência da PRF.



por: Carlos Maciel

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